A pesquisa começou………

Bom, enquanto estamos na procura dos baleeiros outros trabalhos seguem em paralelo. O navio e a campanha não podem parar, temos outros objetivos também.

Essa semana pude iniciar o programa de pesquisa, para testar a metodologia, conferir se as planilhas estão ok, para após cruzarmos o equador… iniciarmos de vez o que chamamos de PESQUISA NÃO-LETAL – ou seja sem matar nenhuma baleia…apenas observando-as, filmando, gravando e fotografando.

Será muito legal. Temos várias etapas de pesquisa aqui, que não inclui apenas baleias:

– avistagem de baleias e golfinhos
– foto-identificação de baleias jubartes
– bioacústica de baleias
– levantamento do lixo marinho

Aos poucos irei contando os detalhes…
A parte que já começou é o avistagem de baleias e o levantamento do lixo marinho. Então, todos os dias depois do almoço, passo 3horas, olhando o mar. 😉

A primeira hora é apenas para observação do lixo marinho. Esse trabalho é em parceria com o British Antarctic Survey, e irá colaborar com os dados das pesquisas deles, e também complementar a pesquisa que vem sendo desenvolvida pelo Greenpeace, que já rendeu um relatório Marine Debris.

E as outras duas horas, é para observação de baleias e golfinhos.

Agora vocês devem estar pensando…. queria um trabalho desse. Hehehe Bom, não posso negar que o trabalho de observação é algo que eu gosto muito, e que por isso, venho fazendo há mais de 5 anos. Mas está longe de ser apenas uma coisa prazerosa. Ás vezes passamos dias no sol a pico (ou no gelo…ai ai ai isso eu nunca fiz), e não vemos sequer uma baleia. Isso é facilmente explicado, quando se imagina o tamanho do oceano, as baleias são como uma formiguinha na imensidão.

A alegria de poder observar e registrar uma baleia, ou um golfinho é gigante e inesquecível. A primeira vez que vi uma, foi uma baleia-de-Bryde, quando comecei a estagiar no Projeto Baleia de Bryde/CEMAR. Eu até chorei… outro dia conto essas histórias… longas…. da minha vida de observadora de baleias. 😉

Mas, enfim… as vezes o trabalho se torna tedioso, como todos os outros, pois é sempre a mesma coisa, e muitas vezes o mar está horrível, e outros dias está chovendo e você queria estar na sua cama quentinha… por aí vai… igualzinho qualquer outro trabalho.

Essa semana, já pude avistar um grupo de Tursiops truncatus…é o golfinho nariz de garrafa, que temos também no Brasil. Isso mesmo… é o nosso querido, amável e conhecido flipper. Mas garanto que é muito mais agradável vê-lo ao vivo, em seu ambiente natural que em cativeiro. Não deu para tirar fotos… o mar estava horrível, e eles estavam longes e rápidos…

Aos poucos irei detalhando as outras etapas da pesquisa….

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